Sem dúvidas, a reserva de emergência é uma unanimidade entre os planejadores financeiros. Este é o primeiro passo para quem busca uma vida financeira mais equilibrada e estabilidade diante de futuros sobressaltos.
Seja para começar a investir ou para colocar as contas em dia, a orientação sobre a criação de uma reserva para emergências é clara. Contudo, existem ainda muitas dúvidas sobre o que é a reserva financeira, como ela funciona e como criar uma.
Neste guia da Solução Financeira, buscamos responder as suas principais dúvidas sobre esse tema. Além disso, pretendemos explicar seu funcionamento e dar dicas sobre como começar do zero e como utilizar a sua reserva. Confira:
O QUE É RESERVA DE EMERGÊNCIA?
A reserva de emergência é uma quantia poupada ao longo de um tempo com objetivo de cobrir despesas em caso de possíveis imprevistos. Ou seja, funciona como um proteção para que em situações urgentes a pessoa consiga manter seu estilo de vida e não diminuir seu poder de compra.
Em geral, a reserva emergencial é um valor correspondente a um certo número de meses do seu custo de vida, valor esse que é guardado em uma aplicação segura e de fácil retirada para servir em momentos de necessidade ou imprevistos.
Um claro exemplo da importância desse valor poupado veio com a pandemia, nela muitos tiveram a renda reduzida ou ficaram sem renda alguma. Porém, aqueles que possuíam uma reserva de emergência tiveram mais tranquilidade para lidar com esse período difícil.
Criar esse estoque é o primeiro passo para uma vida financeira mais saudável e um passo importante para manter a saúde mental em dia. Contar com esse “salva-vidas” faz com que as pessoas possam ter mais tranquilidade psicológica, funcionando como uma espécie de seguro.
COMO CALCULAR A RESERVA DE EMERGÊNCIA?
O valor específico da reserva varia de acordo com a soma das despesas mensais junto ao tempo de despreocupação que se deseja ter. Geralmente, de acordo com especialistas financeiros, a recomendação é que a reserva de emergência contenha o equivalente às despesas de 6 meses, ou seja, um valor que equivalha a 6 vezes o custo de vida de uma pessoa ou de uma família.
Nesse sentido, para criar sua reserva financeira você precisa calcular o seu gasto mensal, incluindo: moradia, alimentação, transporte, saúde e outros gastos fixos. Por isso, o primeiro passo é colocar na ponta do lápis esses valores.
Depois disso, basta multiplicar pelo número de meses que deseja estar seguro, em geral 6. Vamos a um exemplo, digamos que o seu gasto mensal com suas despesas básicas e essenciais seja R$ 5 mil, se você deseja seguir a orientação dos especialistas e se manter protegido por 6 meses, sua reserva deve chegar a um valor de R$ 30 mil.
COMO JUNTAR ESSE DINHEIRO?
Quem busca montar uma reserva emergencial precisa antes de tudo ter um orçamento organizado, nesse sentido, é possível dizer que o primeiro passo ou uma preparação para a criação da sua reserva é desenvolver um bom planejamento financeiro.
Quando o seu planejamento financeiro estiver pronto e o seu orçamento organizado, chegou a hora de descobrir qual o valor gasto por você mensalmente para as suas dívidas fixas. Feito isso, é possível descobrir qual o montante que deverá ser poupado tendo em vista o número de meses escolhidos para a sua reserva abarcar.
Tendo descoberto o valor final que você deverá atingir, é hora de identificar o quanto poderá ser poupado mensalmente, levando em conta os cálculos realizados anteriormente. É importante estar comprometido com a sua missão e tornar o dinheiro destinado a reserva tão importante quanto suas outras contas.
A MAIOR DIFICULDADE AO CRIAR A RESERVA DE EMERGÊNCIA
Um dos maiores empecilhos para a criação de uma reserva de emergência entre os cidadãos brasileiros é que a maioria de nós não recebe o suficiente para que haja um valor, além dos gastos fixos, suficiente para se criar uma reserva.
Segundo pesquisa da DIEESE, analisando a cesta de alimentos básicos, o valor do salário mínimo necessário para uma vida com qualidade no Brasil em março de 2022 é de R$ 6.394,76. E como sabemos, nesse mesmo período o salário mínimo oficial do país é de R$ 1.212,00.
Fica claro a dificuldade que é com a atual inflação e os salários baixos no país que o cidadão médio consiga criar uma reserva financeira. Entretanto, alguns especialistas apontam que o fator tempo e salário não devem ser um empecilho na hora de criar sua reserva, esse processo de criação deve se adequar às condições financeiras de cada um, por isso, comece com pequenos aportes mensais.
ESTOU COM DÍVIDAS, COMO RESERVAR?
Nos últimos anos, houve um crescimento expressivo do número de brasileiros endividados. Então, será que vale a pena criar uma reserva financeira estando com dívidas? Isso é possível. No caso de pessoas com dívidas em aberto, recomenda-se que se dê preferência para o pagamento dos débitos. A maioria das dívidas costumam acumular juros, o que pode dificultar ainda mais o pagamento no futuro. Por isso, se você está com dívidas eleja como prioridade em seu planejamento financeiro a criação de uma reserva para quitá-las. Nesse sentido, se você pretende criar sua reserva comece quitando suas dívidas, para isso se forem dívidas bancárias uma opção é negociá-las. Assim, com as dívidas quitadas você poderá de forma mais tranquila montar a sua reserva de emergência mesmo que com pequenos valores e garantir uma segurança maior a sua vida financeira.
QUANDO USAR A RESERVA DE EMERGÊNCIA?
A reserva financeira deve ser usada para cobrir situações emergenciais que saiam do controle do orçamento, por exemplo: perda de renda, acometimento por doenças ou outra necessidade que seja essencial naquele período. Gastos previsíveis como impostos, matrículas e viagens a lazer não devem ser pagos com a quantia de urgência.
Quer se organizar financeiramente, sair do sufoco e garantir uma saúde financeira equilibrada? Então continue acompanhando o blog da Solução Financeira para mais conteúdos que com certeza poderão te ajudar. Até a próxima!
Atualizado em 30/09/2022.
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